Operação conjunta desarticula célula do Comando Vermelho e prende 11 em Cataguases
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Operação conjunta desarticula célula do Comando Vermelho e prende 11 em Cataguases

Operação conjunta desarticula célula do Comando Vermelho e prende 11 em Cataguases

Investigações apontam imposição de “toque de recolher” e atuação típica de tribunal do crime.

A Polícia Civil, em conjunto com a Polícia Militar, prendeu 11 suspeitos ligados a uma célula da organização criminosa Comando Vermelho oriunda do Rio de Janeiro. A operação Vis Legis foi deflagrada nesta sexta-feira (28), em Cataguases, e resultou no cumprimento de cerca de 40 mandados, entre prisões temporárias, buscas domiciliares, apreensão de veículos e medidas de afastamento de sigilo de dados.

A partir de levantamentos conduzidos pela Delegacia de Polícia Civil em Cataguases, as equipes identificaram que os suspeitos buscavam impor regras próprias na cidade, como toques de recolher e tentativas de impedir que moradores acionassem as forças de segurança para atendimento de ocorrências.

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Durante o cumprimento das ordens judiciais, foram apreendidos entorpecentes, munições, veículos, aparelhos celulares, balanças de precisão, anabolizantes e outros materiais de interesse investigativo. Ao todo, foram realizadas 11 prisões — seis por mandado e cinco em flagrante.

Investigações
As apurações tiveram início após um episódio ocorrido em 7 de novembro, durante jogos escolares no município, quando uma briga entre adolescentes desencadeou a atuação de integrantes da facção. Conforme apurado, o grupo organizou um comboio e perseguiu dois menores, que foram sequestrados, agredidos com pedaços de madeira e filmados, em ação típica de “tribunal do crime”, com o objetivo de espalhar medo e demonstrar força na região. Diante dos fatos, a Delegacia de Polícia Civil representou pela prisão temporária dos envolvidos.

Os levantamentos mostraram ainda que os investigados atuavam de forma articulada, com divisão de tarefas e estrutura hierárquica voltada à consolidação do domínio da facção criminosa.

O delegado Giovane Dantas, responsável pelas investigações, afirmou que a operação reforça a postura firme da PCMG diante de tentativas de domínio territorial. “A Vis Legis representa a resposta do Estado às organizações criminosas. Não será admitida qualquer tentativa de impor regras próprias, restringir a circulação de cidadãos ou intimidar a população”, declarou.

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Vis Legis
A denominação da operação “Vis Legis”, do Latim, “Força da Lei”, faz expressa referência ao modo de agir da organização criminosa, que busca impor seu próprio regramento de conduta, tentando estabelecer um domínio paralelo na comunidade. Entre as práticas identificadas, estão a determinação de toques de recolher e até mesmo a proibição de que moradores acionem a Polícia para atendimento de ocorrências, evidenciando a tentativa do grupo de substituir a autoridade estatal por um controle ilícito.

Os presos foram encaminhados ao sistema prisional e as investigações prosseguem.

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