Evento foi realizado de 17 a 21 de outubro, através da Prefeitura de Argirita e suas secretarias de Saúde, Assistência Social e Agricultura, Associação dos Produtores Rurais e Sindicato Rural de Argirita e Emater, com apoio do Sicredi Botucaraí RS/MG, Sebrae e comércio de Argirita.
Com o objetivo de celebrar a força, a determinação e a importância das mulheres rurais, o I Encontro das Mulheres Rurais de Argirita foi realizado no período de 17 a 21 de outubro. A iniciativa da Prefeitura Municipal através das Secretarias de Saúde, Assistência Social e Agricultura, juntamente com a Associação dos Produtores Rurais e Sindicato Rural de Argirita e Emater, contou com o apoio do Sicredi Botucarai RS/MG, Sebrae e comércio de Argirita.
A programação proporcionou nos dias 17 e 18 uma visita técnica à Queijarias e palestra sobre regulamentação do queijo artesanal, além do curso de queijo artesanal, ministrado pelo Instrutor Erick Flores, Laticinista da Emater-MG, no Laticínio Vovó Chiquinha. Dia 19 foi a vez do Curso de Geleias, ministrado por Xenia Ferreira, produtora rural de Argirita e vice-presidente da Associação dos Produtores Rurais daquele município.
Também nos dias 18 e 19 dois analistas do INSS fizeram atendimento individual, avaliando os documentos e orientando a população sobre aposentadoria rural e urbana. No dia 20 um Curso de Maquiagem foi ministrado por Thais Mendes e Dayana Vale no Rancho Harmonia, de Andrea Ferreira.
Encerrando o I Encontro das Mulheres Rurais de Argirita, no dia 21, das 08h às 18h a equipe do CRAS orientou sobre Cadunico e a equipe da Secretaria de Saúde disponibilizou orientações sobre câncer de mama e câncer de pele. Houve distribuição de brindes, café, almoço, picolés e bombons.
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De acordo com a Assessoria de Comunicação do Escritório Regional do Sistema Faemg/Senar/Inaes, em Juiz de Fora, o evento “Mulheres do Agro em Argirita” é uma proposta para inovar no campo, atraindo um público importante para a agropecuária. “Foi um momento de valorização da figura feminina no campo, com empoderamento, empreendedorismo, casos de sucesso e muito entretenimento.”
As mulheres vem aumentando sua participação no agro em Minas, saindo de cerca de 60 mil pessoas em 2006, para quase 87 mil em 2017, um acréscimo de 46%. A escolaridade também vem melhorando. A taxa de analfabetismo entre as mulheres que dirigem propriedades rurais caiu de 36,6% para 16%. “Estamos fazendo um resgate da imagem feminina no campo, valorizando a importância dela dentro do processo da produção agropecuária e formando lideranças femininas dentro do estado”, afirmou Silvana Novais, gerente da mulher, do jovem e de inovação do Sistema Faemg Senar.
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O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Argirita, Sérgio Guedes, acredita que as mulheres vêm assumindo cada vez mais importância no campo, e que o futuro do agro passa por mãos femininas. “Podemos ver a alegria estampada no rosto das mulheres, por se sentirem valorizadas. Sabemos da importância delas no campo e é primordial ressaltar isso”, disse ele.
Troca de experiências rende boas histórias
Diversas mulheres puderam contar das dificuldades e dos sucessos da vida no campo. Uma delas foi a professora aposentada Neuza Tasca, natural de Juiz de Fora, mas que se mudou para Argirita após mais de 30 anos lecionando. Ela e o marido procuraram um local que tivesse tranquilidade e fosse próximo a um centro urbano. “Meu avô era fazendeiro e eu sempre gostei de estar na fazenda. Quando meus filhos eram pequenos, eu vivia no campo e era ótimo. Morei na cidade pois precisamos, mas assim que pude, resolvi voltar”, contou Neuza.
Hoje, ela e o marido têm um eficiente método de organização em sua plantação de banana, que eles vendem e usam de matéria prima para produzir biomassa e geleia, o que complementa a renda do casal. “Eu sei a semana que tem que cortar cada família de banana. Assim que ela dá o broto eu anoto, e eu sei em qual semana tenho que ir colher”, disse ela. Neuza contou que fez muitos cursos com o Senar. Um deles, inclusive, resultou na plantação de um lote de bananas em sua propriedade.
Geralda Queiroz usa a terra para complementar a alimentação da família. Em sua casa, ela tem um pomar, com frutas como manga e laranja, e uma horta, com couve, tomate e taioba. “Foi um dia muito bom, estou me sentindo especial. Adoro ver muita gente reunida, é igual a minha casa, que sempre tem muita gente”, comentou Geralda.
Miriane Calixto foi ao evento com a irmã, a filha e a sobrinha. Para ela, o Encontro de Mulheres do Agro serviu de inspiração e ajudou no planejamento do seu futuro. “Eu pretendo um dia ter um pedacinho de terra, algumas criações, umas galinhas, uma vaquinha, e as minhas plantas. Eu gosto de me informar sobre o assunto, para quando tiver oportunidade de realizar esse meu sonho, eu estar preparada para o desafio”.
Programação durou todo o dia
A manhã começou com uma roda de conversa, onde foi discutido o empoderamento feminino e foram apresentados casos de mulheres de sucesso do município. Durante o dia, os assuntos abordaram temas como empreendedorismo, saúde da mulher, linhas de crédito e turismo rural. As participantes também receberam café da manhã, almoço e lanche. No fim da tarde, aconteceu uma confraternização com apresentação musical.
“Foi bastante proveitoso o evento, plantamos uma sementinha aqui na mulher da cidade, que tem um papel primordial dentro das famílias rurais”, disse Terezinha Garcia, agente de desenvolvimento rural do SPR de Argirita, que organizou o evento.
“É importante inserir todos os agentes da atividade, trazendo exemplos de mulheres que, com seus empreendimentos, através dos cursos, treinamentos e conhecimento, melhoraram suas vidas. Queremos captar novas pessoas, mostrar para outras mulheres que é possível aumentar a renda e a qualidade de vida dessas famílias”, afirmou Emerson Simão, gerente regional do Sistema Faemg Senar em Juiz de Fora.
Esta foi a primeira edição do Encontro de Mulheres do Agro na região. O evento foi realizado no Clube da Praça e teve o apoio da Emater, Prefeitura Municipal de Argirita, Sicredi, Sebrae Associação dos Produtores Rurais e Sindicato Rural de Argirita, além do Sorvetes Tropical.
Jornal O Vigilante Online
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