O tão esperado Trem Rio-Minas, o primeiro modal ferroviário turístico interestadual do Sudeste do País, está prestes a se tornar uma realidade após uma longa jornada de quase dez anos. A informação foi anunciada pela presidente da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Amigos do Trem, Cyntia Nascimento.
Ela explica que, a previsão é que a primeira viagem pelos trilhos entre os dois estados deve ocorrer em dezembro deste ano. “O projeto enfrentou uma série de desafios ao longo do caminho, desde negociações complexas até os impactos da pandemia”, diz.
Cyntia Nascimento detalha que a motivação para o início do serviço surgiu com a chance de concessão do Certificado Operacional Específico (COE), documento que autoriza o funcionamento do Rio-Minas. Para a definição dessa etapa, aliás, um processo de certificação corre em análise desde o ano de 2017 e agora estão aguardando a validação do COE pela Ferrovia Centro-Atlântica, concessionária da ferrovia. Outra validação também é aguardada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que, segundo ela, pode ser concluída em breve.
Como será o trajeto turístico do novo modal ferroviário?
Ao todo, a locomotiva vai percorrer oito cidades. São elas: Três Rios e Sapucaia, no estado do Rio; Leopoldina, Recreio, Volta Grande, Além Paraíba, Chiador, e Cataguases, em Minas Gerais.
Cada viagem terá a capacidade de levar 873 turistas em seis locomotivas e quinze carros de passageiros – ou seja, o trem poderá carregar 20.952 turistas por mês e 251.424 por ano. Ainda não foi definido qual será o preço da passagem.

“Hoje, anuncio, que estamos realizando a reforma do material rodante lá em Recreio (cidade da Zona da Mata). Material rodante este, que são as locomotivas, os carros de passageiros e também o auto de linha. Equipamentos que vão integrar o projeto. Mas, quero fazer um apelo às prefeituras, aos ministros e a todos os entes”, disse. “Nós, hoje, trabalhamos com recursos próprios e ajuda de voluntários. Estamos precisando muito de apoio financeiro. O apoio institucional é extremamente importante sim e necessário para o projeto. Entretanto, nós precisamos que todos se sensibilizem e nos ajude também com recursos financeiros”, clama.
A presidente da entidade explica que até o momento, o projeto para levar o Trem Rio-Minas está em desenvolvimento sem contar com nenhuma ajuda do poder público. “Trata-se de um projeto que vai mudar a realidade dos municípios. Vai ser mais um objeto para o turismo nas cidades, logo, a gente precisa de recursos financeiros, afinal, o projeto merece. Só que hoje, nós não recebemos nenhum tipo de emenda parlamentar, recurso oriundo do governo federal ou das prefeituras, de nada”, frizou.
Jornal O Vigilante Online com Diário do Comércio – Dione AS













