O 2º Seminário “Juntos em Período de Contingência” realizado na quarta (19), reuniu representantes da Energisa, INPE, Prefeituras, Defesa Civil, Secretarias Municipais, Corpo de Bombeiros, Polícias Militar e Civil, dentre outros segmentos da linha de frente em emergências relacionadas ao clima.

Com o objetivo de debater a preparação e os desafios para o período de chuvas, já em curso, a Energisa promoveu o 2º Seminário “Juntos em Período de Contingência”, realizado na tarde da quarta-feira, 19 de outubro, no Centro Cultural Humberto Mauro, em Cataguases.
Participaram do Encontro, de alcance regional, representantes da Energisa Minas Gerais e Energisa Nova Friburgo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (Leopoldina, Cataguases, Ubá) e do estado do Rio de Janeiro (Nova Friburgo), das Polícias Militar e Civil de Minas, Prefeituras, Defesa Civil, Secretarias Municipais que atuam na Assistência Social, Vereadores, Hospitais, dentre outros segmentos.

O Seminário foi aberto oficialmente pelo presidente da Energisa Minas Gerais, Eduardo Mantovani (foto abaixo), que em seu pronunciamento à plateia, estimada em 130 pessoas, destacou a necessidade dos vários setores envolvidos na defesa da sociedade aprimorarem, principalmente preventivamente, como atuar perante tempestades, ventos fortes, descargas atmosféricas, que resultam em deslizamentos, enchentes e outros tipos de resultados muito maléficos à população.

“Todos os anos nós somos desafiados a enfrentar essas situações”, afirmou Mantovani, relembrando a calamidade climática registrada no último dia 4 de outubro em Muriaé, quando ocorreu um evento severíssimo, com o destelhamento de muitas unidades residenciais e comerciais, queda de uma quantidade imensa de árvores e de três torres de transmissão projetadas para suportar ventos de quase 120 km por hora, além de cabos de transmissão que atendem a cidade serem arrebentados, o que resultou na falta de energia para 72 mil clientes, uma população estimada em mais de 200 mil pessoas em 10 localidades de Muriaé e seu entorno.
Eduardo Mantovani comentou que certamente esses ventos foram superiores a 100 Km por hora, o que acarretará uma mudança de critérios de projetos na Energisa. “Nós vamos ter que projetar torres que suportem ventos de maior intensidade, até de 150 Km por hora”, revelou. “Em apenas 4 horas foram registradas mais de 10 mil descargas atmosféricas naquela região, o que é muito”, informou Mantovani. “Temos que estar preparados para esses problemas”, enfatizou o presidente da Energisa.
Ao reconhecer a rápida resposta da Energisa no ocorrido em Muriaé, que mobilizou cerca de 300 colaboradores da empresa para restabelecer a normalidade no fornecimento de energia elétrica nas áreas afetadas pela tempestade naquele município e localidades próximas, Eduardo Mantovani frisou que a Energisa não mede esforços para trabalhar de forma ativa e permanente tanto na composição, na estrutura de seus ativos (postes, redes, as subestações, as linhas) como também o seu capital humano, a equipe, preparada para poder atuar frente essas intempéries.
Após a fala de Eduardo Mantovani, o Seminário demonstrou importantes aspectos relacionados ao tema central, dentre eles os planos de contingência da Energisa e seus desdobramentos, apresentados pelo Gerente de Operações da Energisa Minas Gerais e Energisa Nova Friburgo, Vítor Ríspoli.







Outra convidada do Seminário, a meteorologista do Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (ELAT/INPE), Dra. Ana Paula Paes, falou sobre a previsão de chuvas para este ano, cujo volume deve ficar acima da média climatológica entre outubro e dezembro, com cobertura de nuvens na região e temperaturas em queda. Ela também informou sobre a presença do fenômeno La Niña e sua influência sobre o Sudeste brasileiro, fator que pode favorecer que as temperaturas fiquem amenas.

Fábio Lancelotti, Diretor Técnico e Comercial da Energisa relatou que a empresa realiza simulações e treinamentos de suas equipes diante de situações críticas. “Queremos pensar juntos a melhor maneira de enfrentar os desafios. Precisamos estar sempre preparados”, declarou.
Em seguida, Lancelotti foi o coordenador do debate, no formato de uma sala de visitas, para o qual foram convidados ao palco o Coordenador da Defesa Civil Municipal de Cataguases – Carlos Alexandre, a meteorologista do ELAT/INPE – Dra. Ana Paula Paes, Wagner Bife – coordenador de Saúde e Segurança da Energisa, o 1º Tenente Guilherme Cantelle, comandante do 7º Pelotão do CBMMG (Leopoldina, Cataguases e Além Paraíba), Major Vinícius – representando o 68º BPM e Leonardo Freire – da Defesa Civil de Nova Friburgo.
De Juiz de Fora compareceu o Subtenente Jerônimo Damião, Agente Regional de Defesa Civil da 4ª RPM de Minas, que alertou a população para que sempre busque informações nos canais de atendimento oficiais dos órgãos públicos. Jerônimo citou como fundamentais a preparação e a parceria entre os órgãos, que devem buscar ações preventivas que reduzam as consequências do risco de desastre e otimizar as ações de danos. O Subtenente ainda parabenizou a Energisa pela atuação de apoio após a calamidade que ocorreu no começo de outubro, em Muriaé.












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