Ato de agradecimento reuniu representantes de vários setores do hospital (médicos, enfermagem, dentre outros profissionais). Presidente da ACIL prestigiou o evento.
Para comemorar a marca de 300 pacientes recuperados da Covid-19 desde o início da pandemia e que após internados receberam alta, a Casa de Caridade Leopoldinense realizou um ato de agradecimento na manhã desta quarta-feira (25), em frente à portaria do Hospital.
A comemoração contou com a participação de representantes dos médicos, da enfermagem, profissionais de diversos setores da Casa de Caridade, além do administrador hospitalar Wolney Aguilar, dos advogados Alessandro Rubin e Luiz Galdino – assessores jurídicos da CCL, e Pedro Augusto Machado Monteiro, presidente da Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e Serviços de Leopoldina (ACIL), que acompanharam atentamente o discurso proferido pela provedora da CCL, Vera Pires.
Em seu pronunciamento, Vera Pires destacou o alcance de 300 altas de pacientes que se contaminaram com a Covid-19, um número significativo, conforme observou a provedora. “300 representam para nós o número de pessoas curadas, de pessoas salvas, de pessoas vitoriosas, que venceram o nosso inimigo comum: o vírus (COVID-19)”, afirmou.
Vera Pires acrescentou que “junto a essas pessoas, esteve sempre presente um exército, em número significativamente menor, mas formado por pessoas capacitadas, comprometidas e empenhadas – os profissionais da CCL (médicos, enfermagem e profissionais de diversos setores) que, com certeza, ‘combateram o bom combate’, com união, com garra e com coragem.”
Destacando em sua fala a importância da união e da solidariedade, a provedora reforçou a necessidade de permanecermos juntos e conscientes de que a guerra ainda não terminou. “O inimigo avança! Contudo, aprendemos e ensinamos em tempos de Pandemia… E constatamos que o mesmo ‘inimigo’ que ameaça a Vida nos ensina solidariedade, pois ao cuidar de mim eu protejo e cuido do meu semelhante. E esse mesmo ‘inimigo’ nos mostra, também, que o mal maior é o da indiferença, do descaso – isso sim, nos desumaniza, nos aniquila”, constatou Vera Pires.
“O que mata mais e cruelmente é a indiferença pela dor do outro”, registrou em sua fala Vera Pires. “A morte, por certo, é tão somente a passagem, o caminho de volta. O retorno que todos nós faremos um dia. Devemos então reverenciá-la também, respeitosamente. Reverenciando, assim, todos os que partiram antes de nós. Sabendo que é cada um a seu tempo… E como ‘há tempo para todas as coisas debaixo dos céus’…”
Ao finalizar seu discurso, Verinha – como é carinhosamente chamada pelos colegas – enfatizou que é tempo de “agradecer ao Pai que nos ampara e agradecer a todos que estão conosco nesta caminhada.” Mas, conclamou para a necessidade de arregaçar as mangas e prosseguir com a batalha que não terminou, e que agora os “soldados” da CCL já se encontram mais experientes, mais fortes, mais destemidos, e, inevitavelmente, muito mais unidos e esperançosos.
Ao Jornal O Vigilante Online, Wolney Aguilar falou sobre o simbolismo do evento: “É com muito prazer que fazemos essa comemoração. Isso nos dá mais folego e força para combater o bom combate. Nós sabemos que essa Covid não tem prazo, não existe um tempo determinado, mas nós determinamos a força que nós temos, a luta que nós vamos batalhar. Nós somos brasileiros, mineiros, e principalmente, somos leopoldinenses. Nós estamos aqui, lutando”, considerou o administrador hospitalar.
Wolney agradeceu pelas doações de pessoas, empresas, entidades, e também pelas orações “que nos fortificaram para podermos estar aqui comemorando. Fico muito grato pela determinação da Casa de Caridade que não se furtou em sua missão”, comentou, fazendo um alerta à população para que as pessoas continuem se cuidando em relação ao vírus.
Pedro Augusto Machado Monteiro, presidente da ACIL, falou à reportagem do Jornal O Vigilante Online em nome do importante segmento que representa. “Nós somos parceiros da Casa de Caridade há muitos anos. Temos um projeto aqui, que é o ‘Amigos da Casa de Caridade’, através dele fazemos uma série de reformas dentro da Casa de Caridade. Entendemos que o momento é importante, devido à abnegação e à vontade dos profissionais que estão aqui, de fazerem as coisas acontecerem da melhor forma e prestar o melhor atendimento para a nossa sociedade. Em nome da ACIL, parabenizo a todos que aqui estão por esta marca de trezentas pessoas que já foram curadas da COVID-19, exatamente pelo bom trato, pelo bom medicamento, pelas boas instalações, e mais do que nunca, as pessoas utilizando seu lado humano no cuidado das pessoas que chegam até aqui. Parabéns a todos que trabalham nessa entidade”, afirmou Pedro Augusto.
O advogado Alessandro Rubim, falando em nome da assessoria jurídica da Casa de Caridade, comentou o ato: “Nos sentimos felizes neste momento, porque o início da pandemia trouxe muitas dúvidas para todos, inclusive dúvidas jurídicas, o desafio de criar um novo setor, de dar segurança jurídica para que esse setor funcionasse, para que os problemas jurídicos relacionados a contratos, convênios, fossem analisados da forma correta e não tivéssemos problemas no decorrer do caminho. Hoje nos sentimos felizes com esta marca significativa de trezentas altas, pessoas que venceram a doença, e acho que temos que comemorar o sucesso contra a doença. Esperamos que uma solução, uma vacina chegue em breve para que possamos comemorar mais aliviados”, concluiu.
Dois dos médicos que acompanham diuturnamente os pacientes da Covid-19 na Casa de Caridade Leopoldinense, Dr. Tarcísio José Andrade Júnior e Dr. Luiz Augusto Pereira Cabral, falaram ao jornal O Vigilante sobre a marca de 300 pacientes que receberam alta após conseguirem vencer a doença.
“É um número expressivo, que nos deixa felizes e ao mesmo tempo preocupados, porque é um número alto, teve bastante gente internada. A pandemia de fato está aí, os cuidados e as decisões têm que ser tomados certeiramente, mas, enfim, conseguimos ter esse êxito com esse número de grande expressão. Estamos felizes pelos pacientes, felizes pelos profissionais que se doaram no combate a essa doença que no começo era totalmente desconhecida, agora ainda é muito desconhecida”, declarou Dr. Tarcísio.
O médico Dr. Luiz Augusto Pereira Cabral esclareceu que os casos de internação na Casa de Caridade tiveram uma queda até cerca de quinze dias, mas nos últimos dias temos recebido pacientes de outras cidades, como São João Nepomuceno, Matias Barbosa, Ubá, então aumentaram as internações aqui por conta dessas outras cidades estarem com seus leitos quase todos cheios.
Até esta terça (24) a CCL registrava 18 pessoas internadas no setor Covid da instituição, nove delas moradoras de Leopoldina. Leopoldina tem 1001 casos confirmados de coronavírus e 33 mortes. Ao todo, 94 pessoas seguem em isolamento domiciliar monitorado.
Jornal O Vigilante Online







