Dona Lina, leopoldinense de 105 anos, contou sobre a emoção e importância de se vacinar contra a doença.
Ainda que a conta-gotas, a vacinação contra a Covid-19 renovou a esperança dos mineiros já protegidos. Receber as duas doses do imunizante representa força para seguir na linha de frente do combate à pandemia e motivação extra para sonhar com uma vida normal, de olho em sonhos antigos que foram adiados por conta da crise sanitária.
A blindagem do seleto grupo prioritário chega justamente em um cenário catastrófico, de aumento de casos do coronavírus, esgotamento dos leitos de terapia intensiva, risco de faltar insumos e busca frenética por novos profissionais de saúde.
No Estado, quase 1 milhão de pessoas mais vulneráveis foram vacinadas. Dessas, pouco mais de 400 mil (menos de 2% da população) receberam as duas doses. Dentre eles, idosos de instituições de longa permanência, como o Instituto Geriátrico Afonso Pena (Igap), mantido pela Santa Casa de Belo Horizonte.
Silvana Rossi Lima, de 63 anos, é uma delas e não vê a hora de abraçar os familiares, já que as visitas seguem suspensas desde abril do ano passado, como forma de evitar a transmissão da enfermidade.“Fiquei meio ansiosa achando que poderia ir para a rua e não é bem assim. Mas é uma sensação de alívio, estamos mais protegidos. Porém, ainda temos que usar máscara e álcool em gel”, reforçou. Ela ainda conta que sente falta das atividades do instituto. “Tinha bingo toda terça-feira e no fim do mês tínhamos uma festa com música para comemorar os aniversários”, relembra. A única forma de ver os filhos e netos é de longe, de dentro do Igap, enquanto os parentes ficam do lado de fora, no portão do instituto, acenando e conversando em tom mais elevado por causa da distância.
Leopoldina
Dona Lina Machado, de 105 anos e 8 meses, recebeu as duas doses da vacina contra a Covid-19 em Leopoldina.
“Dona Lina disse que a vacina não dói nada e não lhe causou nenhum tipo de reação, graças a Deus. Ela é forte e ativa, um belo exemplo de mulher guerreira que acredita na ciência e sempre agradece a Deus por ter iluminado os cientistas no desenvolvimento da vacina em tempo record, graças à tecnologia que ajudou a ciência a encurtar o tempo”, afirmou Maria Lúcia Brito, filha de Dona Lina.
A família reside na Vila Esteves e Dona Lina, que é mãe de 3 filhos e avó de 2 netos, no dia da aplicação da primeira dose Dona Lina também ganhou um lindo presente: o nascimento de sua primeira bisneta.
Veja o vídeo em que Dona Lina fala da emoção e importância de se vacinar contra a Covid-19:
Palma
A senhora Minervina Garcia Santos, de 106 anos, também foi vacinada contra a Covid-19. Moradora do distrito de Cisneiros, Dona Vivina, como é carinhosamente chamada, se sente otimista depois de superar a pandemia da gripe espanhola e dar o primeiro passo para também vencer a da Covid-19. “Aguardo com otimismo o momento certo para poder abraçar meus parentes e amigos”, informou.
Segundo a prefeitura, Minervina Garcia Santos é considerada a moradora mais velha do município de Palma e foi vacinada na sexta durante a etapa que prioriza os idosos com mais de 90 anos naquela localidade. De origem simples, a matriarca da família Titonelli em Palma atravessou o tempo. Nos momentos mais difíceis de sua vida, ela soube buscar na força da oração, a paz, a saúde e a tranquilidade para sua família, vencendo as dificuldades em sua caminhada, esquecendo as derrotas e valorizando as vitórias do seu dia a dia.
Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostram que 21 mil idosos que vivem em asilos receberam as duas doses da vacina contra a Covid-19, o equivalente a 54,22% desse grupo.






