Ação do TJMG, por meio do Cejusc, emocionou participantes e familiares.
A julgar pelo entusiasmo dos participantes e da comunidade, o 1º Mutirão de Conversão de União Estável em Casamento Civil da Comarca de Leopoldina, promovido no dia 19 de novembro na Stone House, um espaço exclusivo de festas na região, com direito a bem-casados, buquê, fotos, cerimonial, música e decoração, será repetido e terá uma descendência duradoura.
O evento, que foi inteiramente gratuito, formalizou a vida em comum de 20 casais e vai possibilitar maior acesso a direitos. A cerimônia foi viabilizada pelo Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) da Comarca, vinculado à 3ª Vice-Presidência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), com a cooperação de empresários, da imprensa local e de outros órgãos e poderes, entre eles, a Prefeitura Municipal de Leopoldina.

Segundo a juíza coordenadora adjunta do Cejusc da Comarca de Leopoldina, Mônica Barbosa dos Santos, o casamento comunitário foi possível em virtude de esforços coordenados de voluntários e de instituições parceiras, “que, com sensibilidade e generosidade, contribuíram, cada um a seu modo, para este momento inesquecível”.
Para a magistrada, que é diretora do Foro e titular da Vara Criminal e da Infância e da Juventude, o projeto de conversão de união estável em casamento promovido pelo TJMG, por meio do Cejusc, representa “uma iniciativa de grande relevância social”, especialmente para as famílias em situação de vulnerabilidade, e a resposta mostrou que o evento tende a se tornar tradição:
“Muitas vezes, o custo para oficializar a união impede que casais regularizem sua situação civil, e esse projeto oferece a oportunidade de transformar um sonho em realidade sem encargos financeiros. Na Comarca de Leopoldina, a realização do projeto mostrou-se extremamente positiva. A ação atendeu a uma demanda concreta da população e resultou em um evento marcado por muita emoção.”
A juíza Mônica Barbosa dos Santos manifestou seu desejo de dar continuidade à iniciativa e torná-la permanente: “Considerando o sucesso desse casamento comunitário pioneiro, a Direção do Foro tem a intenção de realizá-lo anualmente, ampliando ainda mais o alcance da ação e possibilitando que novos casais tenham a chance de oficializar sua união de forma gratuita e acolhedora.”

“Felizes para sempre”
O êxito da realização não foi apenas uma percepção subjetiva da magistrada. Os casais que aderiram ao convite se disseram agradecidos e alegres com a possibilidade de finalmente ter uma certidão de casamento nas mãos e realizar um plano acalentado e adiado. É o caso de Eliete da Silva Azevedo do Couto e Adilson Pereira de Lima, juntos há quatro anos.

“Estou achando bom, muito bom. O espaço é bonito. Só tenho a agradecer a oportunidade que estão dando para os casais que não tiveram condições nem oportunidade, lá atrás, de oficializar sua união. Agora pudemos realizar esse sonho”, disse Eliete.
Adilson Pereira de Lima, agora como marido “de papel passado”, endossou: “Tenho que agradecer primeiro a Deus e depois às pessoas que fizeram tudo isso. Esse evento está fantástico.”
Hosana da Silva Jacob dos Santos e Jorge Luís Faria Duarte comemoraram o fato de ter, pela 1ª vez, uma cerimônia para marcar a vida a dois oficialmente.

“A gente está há um ano juntos. Já fui casada antes, mas não foi nada assim, não teve essa festa toda, essas coisas bonitas. É tudo novidade, tudo muito bonito, estou feliz de estar participando pela 1ª vez de um casamento comunitário”, resumiu Hosana. Jorge complementou: “Foi ótimo, espetacular, está tudo muito lindo.”
O fascínio de Rafaela dos Santos Silviano e Reinaldo Figueira de Souza, que já têm uma menina e vivem juntos há quase quatro anos, foi com o cenário da celebração, que proporcionou uma experiência única. Eles afirmaram estar materializando um sonho.
“O lugar é bonito, foi muito especial, porque a gente não tem condições. Tendo uma oferta assim, é mais fácil conseguir realizar nosso sonho, né?”, indagou Rafaela.
Reinaldo festejou a oportunidade de formalizar a união e elogiou, encantado: “Estou achando lindo, maravilhoso!”

Camila Caroline da Silva Justo e Adriano Sérgio da Silva Junior levaram as gêmeas Elena e Eloá e fizeram questão de registrar o momento com a juíza Mônica Barbosa. Para os dois, foi uma oportunidade valiosa: “Agora que a gente está formando a família. Dar mais um passo nessa união e poder contar com esse casamento comunitário foi muito importante. Ficou bem legal.”
Apoios e parcerias
O espaço para a cerimônia foi cedido por Ricardo Barros Mendes, proprietário da Stone House, e a decoração, doada por Elma Soares de Matos Pimentel, que também ofereceu os buquês, confeccionados pela floricultura Coroar Flores, com sede em Juiz de Fora. A música ficou a cargo dos músicos do Conservatório Estadual de Música Lia Salgado, comandado pela diretora Simone Ferreira Seoldo.
O bolo para fotos foi confeccionado pela empresária Eneida Monteiro, da Monteiro Personalizados, de Juiz de Fora. As fotos e vídeos foram feitas pela equipe da empresa Luciano Jr Fotografias, sob a direção do Luciano Júnior.
Além disso, foram doados picolés pela empresa Sol e Neve, de Leopoldina; garrafas de água, pela empresa Água Hélios; e bem-casados, numa parceria que envolveu a primeira dama de Leopoldina, Márcia Ananias Junqueira Ferraz, e a 109ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Minas Gerais (OAB-MG) em Leopoldina, na pessoa do presidente, Marcelo Raimundi.
Veículos locais como o Jornal O Vigilante Online, Bom Dia Leopoldina e a Rádio Tipuana, apoiaram a divulgação prévia do evento. A TV Integração esteve presente na cobertura do casamento.
*Com TJMG
















