Por Aloísio Fajardo Filho
Hoje celebramos 25 anos de história do Grupo Levanta de Novo, um marco que carrega muito mais do que a passagem do tempo. É a celebração de uma jornada tecida com coragem, fé e, acima de tudo, com a união de muitas mãos, corações e histórias.
Se chegamos até aqui, é porque inúmeras pessoas, de diferentes formas, deixaram suas marcas neste caminho: muitos deles ofereceram força física através de mutirões, teve os que arrecadaram recursos em campanhas, os que contribuíram com dinheiro ou doações, outros que emprestaram suas vozes para fazer interlocuções, os que motivaram e encorajaram nos momentos difíceis, os que elevaram orações silenciosas, e até mesmo os que simplesmente ofereceram companhia e presença em dias difíceis. Cada gesto, por menor que parecesse, foi essencial para que este grupo não apenas existisse, mas resistisse e se fortalecesse.
Foram anos de lutas, de enfrentamento a inúmeros obstáculos que, muitas vezes, pareciam intransponíveis. Ainda assim, juntos, conseguimos vencer cada um deles. Em forma de gratidão tenho o orgulho de afirmar que o Levanta de Novo não foi construido de uma única história ou de uma única mão, mas de muitas. São várias convivências, várias narrativas, algumas com finais felizes, outras marcadas por dor e despedidas. Mas todas, sem exceção, são profundamente significativas, pois foi através delas que aprendemos, crescemos e desenvolvemos a resiliência que hoje sustenta nossa caminhada.
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Nossa história se assemelha a uma grande colcha de retalhos. Cada pessoa que passou por aqui, cada experiência vivida, cada vitória e cada perda foram como pedaços de tecido, diferentes em cor, forma e textura. Separadamente, talvez não tivessem tanto valor, mas quando costurados com cuidado e amor, se transformaram em algo único, belo e útil. Assim se fez o Grupo Levanta de Novo: um mosaico de vidas, memórias e afetos que juntos se tornaram uma força maior que qualquer dificuldade.
Para encerrar este agradecimento trago um texto que expressa, com poesia e verdade, a essência da formação do Grupo Levanta de Novo: muitos em um só, unidos por um propósito maior. Este poema, de autor desconhecido , nos lembra que dentro de cada pessoa existe uma multiplicidade de experiências e sentimentos, assim como na formação do nosso Levanta de Novo onde existem as marcas de todos que já passaram por ele, inclusive daqueles que não estão mais entre nós, mas que continuam vivos na história que ajudaram a construir. O texto diz o seguinte:
“Eu sou vários! Há multidões em mim.
Na mesa de minha alma sentam-se muitos, e eu sou todos eles.
Há um velho, uma criança, um sábio, um tolo.
Você nunca saberá com quem está sentado
ou quanto tempo permanecerá com cada um de mim.
Mas prometo que, se nos sentarmos à mesa,
nesse ritual sagrado eu lhe entregarei ao menos um dos tantos que sou,
e correrei os riscos de estarmos juntos no mesmo plano.
Desde logo, evite ilusões: também tenho um lado mau, ruim,
que tento manter preso e que quando se solta me envergonha.
Não sou santo, nem exemplo, infelizmente.
Entre tantos, um dia me descubro, um dia serei eu mesmo, definitivamente.
Como já foi dito: ouse conquistar a ti mesmo.”
Que este texto sirva como símbolo da nossa caminhada: um grupo que é feito de muitos, que acolhe a luz e a sombra, que se reinventa a cada dia e que segue firme, há 25 anos, na missão de levantar novamente aqueles que, em algum momento, acreditaram que não poderiam mais se reerguer.
Hoje, celebramos não apenas o tempo, mas as vidas transformadas, as histórias que se cruzaram e a certeza de que, enquanto houver alguém disposto a se sentar à mesa, o Grupo Levanta de Novo continuará a existir — forte, resiliente e grato.
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