Em matéria publicada em novembro de 2024 o Jornal O Vigilante Online relatou drama vivido pela família. Criança corre o risco de perder prazo adequado para o tratamento.
A família do leopoldinense Levy Henrique, de 11 anos, segue em busca do tratamento para corrigir uma má-formação genética. A criança nasceu com Hipospádia, uma anomalia na qual o canal da urina não se localiza na ponta do pênis.
Em matéria publicada pelo Jornal O Vigilante Online em novembro de 2024, a mãe da criança, Senhora Fabrícia Maria, moradora da Avenida dos Expedicionários, no Bela Vista, detalhou junto à Redação relatos e vídeos com o sofrimento de seu filho no momento de urinar.
Na ocasião, ela explicou seu pedido de ajuda devido à demora para que o protocolo apresentado junto à Secretaria Municipal de Saúde fosse atendido. Na ocasião, a demora já somava sete meses. Em 2024, após relatar o caso do menino Levy ao Secretário Municipal de Saúde, Márcio Vieira, o Jornal obteve como resposta que “após uma espera de 8 anos o paciente realizou o primeiro procedimento e que a família estava ciente da necessidade de se fazer duas cirurgias.”
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Conforme explicou o Secretário, para este segundo procedimento o médico precisaria da ajuda de outro profissional, um Urologista, e que durante este período a Secretaria vem articulando junto a outros profissionais para a realização da cirurgia, que infelizmente é um procedimento complexo.
Na última sexta-feira, 12 de setembro, Fabrícia voltou a entrar em contato com o jornal informando que até o momento nenhuma solução foi determinada e seu filho corre o risco de perder o prazo ideal do tratamento devido sua idade, além de relatar que o sofrimento da criança só aumentou em todo esse tempo de espera.
A Reportagem do Jornal O Vigilante Online, nesta segunda-feira (15), entrou em contato com a Secretaria Municipal através da Assessoria de Imprensa da Prefeitura. Confira o posicionamento:
A Prefeitura de Leopoldina compreende plenamente a preocupação e a angústia da família diante da demora na continuidade do procedimento necessário à criança. Trata-se de um caso complexo, que exige um profissional com especialização, cuja disponibilidade tem sido um desafio não apenas para o município, mas para diversos serviços de saúde na região. Nesse sentido, por meio da Secretaria de Saúde, a Prefeitura de Leopoldina providenciou o encaminhamento da mãe e da criança para consulta no último dia 18 de agosto, no Hospital Maternidade Therezinha de Jesus, em Juiz de Fora, com o urologista José Murillo Bastos Neto, ocasião em que foi indicado o procedimento cirúrgico. No entanto, até o presente momento, a mãe ainda não havia protocolado a guia na UAI, etapa necessária para que o processo administrativo seja iniciado e viabilizado pelo município. Reforçamos que o município permanece à disposição para oferecer toda a assistência necessária no que estiver ao nosso alcance, com o compromisso de continuar buscando alternativas que garantam o melhor cuidado possível à criança e à sua família.
Nota atualizada às 16h05 desta terça-feira (16) após solicitação da Prefeitura.
Procurada pela Reportagem do Jornal, a mãe do paciente informou que entregou o pedido do exame para um funcionário da Secretaria Municipal de Saúde e ainda ressaltou que um dos médicos que atendeu o menino Levy alertou para a possibilidade de demora para a cirurgia, sugerindo que a mesma procurasse outros meios de realizar o procedimento.
Hipospádia
A hipospádia consiste em uma má-formação genética que ocorre nos meninos, tendo como principal característica a abertura anormal da uretra, em um local abaixo do pênis, ou em outros locais, como no escroto ou no períneo, ao invés do local natural, na extremidade da glande.
A anomalia ocorre durante o desenvolvimento fetal masculino, estando associada a curvatura peniana. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), estima-se que a hipospádia atinja cerca de 1 a cada 250 meninos e é muito comum entre os recém-nascidos.
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