O município de Leopoldina está em festa neste dia 27 de abril pela comemoração dos 170 anos de sua emancipação político-administrativa, graças à Lei Provincial nº 666, de 27 de abril de 1854.
Nesta data é necessário relembrar informações históricas, manter acesa a chama que ilumina a caminhada gloriosa da nossa Athenas da Zona da Mata.
Segundo o “Livro da Lei Mineira”, de 11 de maio de 1854, arquivado na Biblioteca da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, indexação feita tomando por base a publicação “As Denominações Urbanas de Minas Gerais”, a Lei 666, de 27 de abril de 1854 traz em sua Ementa:“Lei elevando à categoria de Freguesia e de Vila o Distrito de São Sebastião do Feijão-Cru com a denominação de Vila Leopoldina, e contém outras disposições a respeito.”

De acordo com os registros disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a escolha do topônimo (Leopoldina) foi uma homenagem à segunda filha de Pedro II, princesa Leopoldina, em substituição ao antigo nome, ‘Feijão Cru’, quando da criação do município.

A primitiva denominação viera dos primórdios do desbravamento, quando os primeiros brancos, em busca de terras fáceis e ótimas, acamparam à margem de um ribeirão; na manhã seguinte, verificaram não ter o cozinheiro da comitiva prestado a devida atenção ao fogo, que se improvisara para afugentar as possíveis feras e cozer os alimentos, resultando, daí, que o feijão estava bastante duro.
Essa “lenda”, aliás, está eternizada em um belo mural feito pelo artista leopoldinense Funchal Garcia, que encontra-se na Praça Félix Martins.
Retomando a história, em 1831, dois fazendeiros da redondeza, em cujas terras se encontrava o pouso de ‘Feijão Cru’, fizeram doações para a construção de uma capela, em torno da qual se consolidou o povoado. Foram estes doadores Francisco Pinheiro de Lacerda e seu sogro, Joaquim Ferreira de Brito. Em 1854, a 27 de abril, foi criado o município de Leopoldina; a instalação solene se deu no ano seguinte, tendo sido o primeiro presidente da Câmara o coronel José Monteiro de Castro.
Município pujante da Zona da Mata Mineira, ainda hoje dispõe da segunda maior extensão territorial da região, ocupando uma área de 943,077 km², superada apenas por Juiz de Fora.
Leopoldina faz divisa com Cataguases, Laranjal, Recreio, Pirapetinga, Estrela Dalva, Volta Grande, Além Paraíba, Santo Antônio do Aventureiro, Argirita, São João Nepomuceno, Descoberto e Itamarati de Minas. Estrategicamente localizado, o município é servido por importantes rodovias federais, dispõe de redes públicas e particulares de ensino, do fundamental ao nível superior, segurança pública, Corpo de Bombeiros, enfim, Leopoldina conta com uma boa infraestrutura, que evidentemente precisa de investimentos, melhorias e aperfeiçoamentos.
Parabéns Leopoldina, pelos 170 anos comemorados neste 27 de abril de 2024.
Eventos
A programação oficial divulgada pela Prefeitura de Leopoldina tem início neste sábado com uma manhã festiva, com o lançamento do Selo Postal Comemorativo aos 170 anos de Leopoldina, seguido do Ato Cívico no Paço Municipal e do desfile até o Monumento da Princesa Leopoldina, onde haverá um ato simbólico em homenagem à filha do Imperador Dom Pedro II.
À noite, a programação acontece em dois lugares. A partir das 20h, na praça Dom Elvécio, o público terá a oportunidade de curtir o projeto Sesc Minas ao Luar, com shows da artista leopoldinense Janaína Gentil e Sandra de Sá. A partir das 23h, a festa segue para o Parque de Exposições, onde haverá um show com Thiago Brava.
No domingo, dia 28, a partir das 15h, a festa continua no Parque de Exposições, que recebe um Festival de Bandas leopoldinenses.
Na terça-feira, dia 30, véspera de feriado, a Prefeitura fecha a programação de aniversário com o show gospel Preto no Branco, a partir das 21h, também no Parque de Exposições.
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