A data comemorativa, propriamente, não importa muito, aliás o dia 25 de dezembro foi instituído pelo Papa Julio I, no século III.
No Natal, que é uma festa de luz, a luz radiante da Boa Nova, celebramos o nascimento do Filho de Deus na Terra, fato que se constitui a maior expressão do amor divino pela humanidade.
O Cristo, que há cerca de 4 bilhões e meio de anos conduz os destinos do Planeta, se propõe a dividir conosco a experiência terrena, com a missão de nos elevar.
O Natal em seu evento original nos traz inúmeras lições, dentre elas merece destaque a humildade, pois sua vinda se dá no seio de uma família singela, mas sustentada pela fé e a esperança; nasce em um local humildíssimo, na estrebaria, em companhia dos animais, evidenciando o respeito de Jesus à natureza.
E neste momento épico os céus se iluminam, e a Estrela de Belém, assinala este marco histórico. Cabe, portanto, refletirmos acerca do real e transcendente significado do Natal: o Filho de Deus nos conclama à valorização da vida, em sua transitoriedade, com vistas à vida futura.
Sua doce e marcante presença na Terra tem o mais nobre objetivo: expor e vivenciar o amor. E o Mestre nos legou sublimes mensagens e inesquecíveis exemplos, sempre compassivo, manso e amoroso, nos convocando reiteradamente a segui-lo, com a certeza de sua presença permanente em cada um de nós, nos orientando e inspirando, para a conquista do grande propósito: alcançarmos o Reino de Deus, através da efetiva prática do amor ao próximo.
Em síntese, o Natal nos propõe fazer nascer em cada um nós um novo ser, comprometido com a paz, o perdão, a concórdia e a caridade, através da fé com obras, em plena união com o Pai Celestial.
História de Natal
Este conto é atribuído ao grande escritor russo Leon Tolstói. Em sua narrativa ele traz a história de um camponês possuidor de uma fé ardente, que orava diariamente para que Jesus viesse visitá-lo em sua choupana. Na véspera de Natal sonhou que o Senhor iria aparecer-lhe e acordou confiante nesta visita.
Bem disposto iniciou a preparação do almoço, quando percebeu que uma violenta tempestade de neve ocorria lá fora. Regularmente ia até a janela para ver seu ilustre visitante chegando. Mas uma imagem chamou-lhe atenção, um vendedor ambulante, carregando um fardo pesado e caminhava com dificuldade. Compadecido, trouxe o homem para dentro de sua casa, almoçaram juntos e só o deixou seguir após recuperar suas energias. À tarde, olhando de novo pela vidraça, viu uma mulher coberta de neve na estrada, ele a trouxe para o seu humilde lar, agasalhou-a, deu-lhe um caldo quente, só a liberando quando recobrou suas forças.
Anoitecia e ele voltou a olhar para a estrada e distinguiu uma criança perdida, quase congelada pela neve. Saiu mais uma vez, trouxe a criança para sua cabana, deu-lhe de comer e esta adormeceu.
Cansado e desolado o aldeão dormiu também. Mas uma luz radiosa iluminou tudo. Diante dele, surgiu o risonho Senhor, envolvido em túnica branca.
O camponês lhe diz: esperei-o por todo o dia e não aparecestes. Jesus lhe respondeu: por três vezes, hoje, visitei tua casa: o vendedor ambulante que socorreste, era eu. A pobre mulher que acolheste, era eu. E esta criança que salvaste da tempestade também sou eu. E, finaliza com a mensagem autenticada em Matheus 25:40 : “O bem que a cada um destes fizeste, a mim mesmo o fizeste.”
Que esta cariciosa história de Natal nos inspire a caminhar na direção do amor e da solidariedade.
Delano Carlos Carneiro















