Santuário de São José Operário em Leopoldina apresenta projeto ‘Reciclando com São José’
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Santuário de São José Operário em Leopoldina apresenta projeto ‘Reciclando com São José’

Santuário de São José Operário em Leopoldina apresenta projeto ‘Reciclando com São José’
O Vigilante Online

A iniciativa prevê para agosto o início do recolhimento dos materiais recicláveis. A ação conta com a parceria da Reciclagem Terra Limpa. Confira a matéria completa.

Um projeto abrangendo a reciclagem, a conscientização dos jovens em relação aos cuidados com o meio ambiente e as obras sociais do Santuário de São José Operário, da Paróquia São José Operário de Leopoldina, será realizado a partir de agosto na cidade.

Idealizado pelo Padre Agnaldo dos Reis Ferraz e Alexandre Rezende, proprietário da Reciclagem Terra Limpa, o projeto recebeu o nome de “Reciclando com São José”. O início do recolhimento dos materiais recicláveis está previsto para o mês de agosto. Em entrevista ao Jornal O Vigilante Online, na Secretaria do Santuário de São José Operário, Padre Agnaldo e Alexandre destacam a importância da reciclagem e que a educação parte das crianças.

“Nós precisamos modelar o coração das crianças para as virtudes e para aquilo que é necessário para o bem viver. Nesse sentido, buscando melhorar cada vez mais essa capacitação procurei o Alexandre para esse projeto”, conta o Pároco, de 45 anos de idade, natural de Visconde do Rio Branco, que está na Paróquia de São José Operário desde o dia 3 de novembro de 2022.

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A ideia do projeto surgiu quando Padre Agnaldo conheceu Alexandre Rezende, que já participava da Igreja. “Na ocasião, estávamos na Festa de São José. Tivemos colaboração de vários parceiros na cidade e um deles foi a Terra Limpa. Naquela data o Alexandre me encontrou na missa e disse que tinha um projeto de reciclagem. Aquilo caiu no meu coração, mas naquele momento a gente não podia conversar sobre isso, porque estávamos motivados com a festa de São José”, detalhou o sacerdote.

Posteriormente, o Pároco conversou com Alexandre e falou sobre a sementinha plantada naquele dia da Festa de São José. Foi então que ambos se reuniram com a coordenadora da catequese do Santuário e conversaram sobre a possibilidade de recolher o material e de consequentemente conscientizar as crianças e ajuda-las através do que fosse alcançado com o projeto.

A Reciclagem Terra Limpa ficará responsável pela coleta das latinhas e garrafas plásticas de refrigerantes (PET). “Receberemos as latinhas de alumínio (de suco, refrigerante, cerveja) e as garrafas PET. Trata-se de um material mais fácil de acondicionar e que tem um preço agregado um pouco melhor”, justificou Alexandre Rezende, salientando que sua empresa entra no projeto orientando sobre seu desenvolvimento e instalando um ponto de coleta na Igreja, onde o material reciclável será acondicionado de forma correta. “Recolheremos e pesaremos o material e reverteremos isso em dinheiro para as obras sociais do Santuário de São José”, confirmou Alexandre.

“O ganho será revertido para a própria catequese”, informa o Pároco Padre Agnaldo, frisando que a evangelização precisa de investimento. “Nós temos para cada turma de catequese um catequista, que precisa ser capacitado. Temos muitos cursos online e presenciais e material para esses catequistas. Uma vez que bem formado esse catequista ele vai formar a consciência cristã religiosa daquela criança, daquele adolescente. Temos muitos outros projetos para que possamos melhorar, cada vez mais, até mesmo a infraestrutura do prédio onde elas se encontram semanalmente ou também o catequista, aquela mão de obra, aquele material humano que voluntariamente presta esse serviço para evangelização da Igreja”, enfatiza o sacerdote.

Perguntado sobre como se chegou à escolha do nome “Reciclando com São José” para o projeto, Padre Agnaldo esclarece que “nada melhor do que aqui, no Santuário de São José, ‘Reciclando com São José’, uma vez que São José era um carpinteiro. Naquele tempo o ofício de carpinteiro era o mesmo de pedreiro. São José mexia com madeira, pedra, e certamente ele usou muitas coisas para construir as peças de madeira, mas também as casas, as construções daquele momento. Como São José era um operário, ele compreende muito bem essas questões do seu tempo que nos ajuda a entender hoje as questões urgentes do nosso tempo.”

A expectativa dos organizadores do projeto é de que toda a comunidade vai abraçar a iniciativa, primeiramente porque é uma conscientização em relação à natureza. “Sabemos dos malefícios desse material jogado na terra de modo errado, e isso vai ajudar muito. Consequentemente, as crianças estão sendo bem acolhidas, tendo o material necessário. Acho que vai ser uma parceria muito legal que vamos viver aqui no Santuário”, declarou Padre Agnaldo. Por sua vez, Alexandre Rezende afirmou que estava muito feliz por participar de um projeto como este, principalmente ao conscientizar as crianças em relação à importância da reciclagem para o nosso planeta.

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Há aproximadamente 20 anos no mercado, a empresa Terra Limpa é atacadista no setor de reciclagem, localizada na Rua Emanuel Antônio de Almeida, nº 945, no Bairro Três Cruzes, próximo ao trevo de acesso ao Bairro São Cristóvão pela BR-116. “Nós trabalhamos com papelão, plástico, sucata metálica e de alumínio”, contou Alexandre, demonstrando que a Terra Limpa atua num raio de 250 Km em torno de Leopoldina. “Fornecemos papeis e plásticos para grandes indústrias do país. Nosso movimento maior é na parte de atacado, nós compramos de outros depósitos e passamos para a indústria, porque na reciclagem existe a triagem, a prensagem do material, a coleta e existe também o comércio do material reciclado.”

Atualmente, a Reciclagem Terra Limpa é responsável pela geração de 20 empregos diretos, registrados, além dos indiretos. “Nós (Terra Limpa), temos que ter uma documentação muito rígida que nos é exigida para manipular o material reciclado hoje”, completou Alexandre. Segundo as informações do empresário, a latinha de alumínio é um dos materiais 100% recicláveis no nosso país. Já o plástico e o papelão em torno de 10%.

“Um dos materiais mais importantes que nós temos é o PET, inventado para a indústria têxtil e que mais ou menos em 1990 foi transformado em embalagens. Hoje o PET reciclável é utilizado para embalagens, malha e tintas, além de componentes PET em toda parte plástica e forração de veículos, inclusive o tapete de borracha tem adição de PET, o para-choque, então esse material tem uma importância muito grande na fabricação de um automóvel no nosso país”, mencionou Alexandre, acrescentando que sempre comparece em escolas, faculdades e empresas dando palestras sobre o que é feito com o material reciclado, como são feitas a coleta seletiva e a reciclagem, como devo separar os materiais, para que serve e qual o material que tem maior valor agregado.

Sobre a possibilidade de ampliação do projeto, Alexandre Rezende admite que isso possa ocorrer trazendo outras Paróquias. “Várias escolas já estão com esses projetos, por exemplo o Colégio Imaculada Conceição realiza um projeto há bastante tempo, inclusive revertendo o ganho com a venda desse material na aquisição de cadeiras de rodas. Eu participo com eles e já temos outras escolas nos procurando, onde estamos iniciando o projeto. Esperamos que essa conscientização cresça, principalmente das crianças, porque elas têm uma forma de abordar e chamar mais atenção dos adultos sobre a importância da reciclagem e da coleta seletiva. Acho que temos que começar isso em volta da gente, dentro da nossa casa, em relação ao que fazemos com esse material dentro de casa”, ponderou.

Ao final da entrevista, Padre Agnaldo comentou sobre o aspecto social. “Faz parte da nossa fé, rezamos, nos nutrimos da fé, fortalecemos a fé, mas também uma consciência de uma fé que precisa ser aplicada no dia a dia. Então é isso que nós queremos. Nós falamos que precisamos preservar a natureza, dizemos que precisamos cuidar de tudo isso que Deus criou, então precisamos fazer algo de concreto para que isso aconteça. Esse projeto vai incentivar as nossas crianças a cuidar da natureza, a fazer cada um a sua parte, para que tenhamos uma sociedade mais humana, fraterna, solidária, porque quando eu trago esses objetos para a reciclagem eu os estou retirando de um uso incorreto na natureza e estou ajudando a preservar a minha, mas a vida do outro também. Nós sabemos que a natureza exige de nós um cuidado, e se nós não cuidamos dela nós seremos prejudicados, assim como as gerações futuras também serão. Então é uma alegria fazer com que a fé se torne prática, vivencial, e isso vai fortalecer o coração das crianças, consequentemente de seus pais e de toda comunidade para a participação ativa desse projeto”, concluiu.

Jornal O Vigilante Online



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