Maria Cândida - Uma pessoa especial | Por Luiza Helena Morais Barbosa
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Maria Cândida – Uma pessoa especial | Por Luiza Helena Morais Barbosa

Maria Cândida – Uma pessoa especial | Por Luiza Helena Morais Barbosa

27/05/2023

Seguindo as ideias de Philippe Ariès¹, esta data me faz pensar nos sentimentos da infância, nas exigências da identidade civil a que nos submetemos desde quando nos ensinam a balbuciar o próprio nome, a repetir o nome dos pais e a revelar a nossa idade. Os pais ficam orgulhosos quando a criança aprende a dizer quantos aninhos está fazendo. Dão muita importância a este fato e torcem para que a criança acerte a data do seu aniversário. Coisa importante para o resto da vida.

A cada viagem que fazemos temos que  anotá-la  na compra da passagem, na ficha de  hotel entre outros documentos. A cada formulário preenchido é sempre necessário recordá-la.

No século XVI, subsistiram nos costumes, curiosos resquícios do tempo em que era raro e difícil uma pessoa lembrar-se de sua idade.

Maria Cândida  soube  precisar a sua idade desde o momento em que começou a falar, mas um hábito curioso de boas maneiras, depois de uma determinada idade, a obriga não confessá-la claramente e a responder com certas reservas, ou desconversar.

Na data de hoje, ela pode ter 50 anos, ou três décadas a mais ou a menos. Não importa, tem o  verdor da juventude. É confiável, amiga e companheira  inseparável.

No dicionário dos nomes próprios, seu nome é definido  como  nome composto, bíblico e hebraico. Cândida, originário do latim, a partir da palavra candidus, que quer dizer  literalmente  brilhante, radiante, resplandecente. São qualidades extensivas aos atributos de  significado pura, ingênua, inocente.

Será !?   

Mesmo sem a carteira de identidade, a Mary que há muitos anos conhecemos é uma pessoa que possui autoridade sobre determinadas pessoas ou coisas, tem muita personalidade  e força de vontade nas realizações de suas tarefas. Às vezes alcança objetivos ambiciosos, supera obstáculos com determinação. Também se frustra como todos os seres humanos e, principalmente, por ser uma mulher empoderada.  

Possuidora de autoconhecimento. Sabe o que quer ou não quer fazer. É capaz de identificar suas potencialidades e os seus limites. Com isto, ela consegue mais facilmente contradizer quando necessário. A flexibilidade e a abertura para novas ideias  são qualidades conaturais que são importantes e  facilitadoras  no alcance de seus objetivos. 

Sentimos que  é  feliz e confortável no lar junto à família e, mais, no longo espaço de  tempo das visitas de amigos. Externando um temperamento sereno e equilibrado, valorizando a paz e a harmonia entre as pessoas, ela  vive no seu cotidiano com estabilidade emocional, compreensão mútua e carinho.

Com o dom natural da arte e do bom gosto, traz requinte em tudo o que faz e o que lhe diz respeito.  Se acha responsável por tudo o que está a sua volta, seja no lar, seja com os membros das familias, tanto na Jendiroba, quanto na Almeida, agindo sempre com a vantagem do carinho, da amizade e da solidariedade. 

Ano 2023. Qual será a sua idade? Eu não me atrevo a dizer. São tantas já vividas…

Trilhando os próprios caminhos, junto de seus amigos e daqueles que a acompanham diariamente nesta longa estrada, ela venceu  algumas décadas e, ainda, tem décadas a percorrer.

Dizer ‘feliz aniversário’ é para nós repetir uma evidencia, no que diz respeito ao adjetivo, porque  ela  merece muito mais, pois é uma pessoa feliz.

Subindo as colinas da vida, como se disputasse uma maratona,  hoje ela se encontra no topo fincando a bandeira da vitória. Sessenta, Setenta, ou Oitenta anos… Estação para se sentir mais forte por ter a maior parte do itinerário percorrido, levando consigo uma biografia  impregnada de sentimentos de famílias, de amigos, de antepassados e de gerações futuras. 

Li, certa vez, que mesmo com a fragilidade que existe ao chegar ao topo de uma colina, a confiança adquirida ao longo das décadas vividas ultrapassa todos os obstáculos. As incertezas ficam para trás, alguns sonhos podem ter sidos realizados e as questões complicadas podem ter sido respondidas. Não importa. O que chegou ao seu  alcance  foi alcançado.

Até chegar ao topo de uma colina a preocupação  deve ser a de olhar para a frente. A partir daí, o retrovisor é que impõe, porque na vida, como diz o poeta ‘cada um de nós compõe a sua história, cada ser em si carrega o dom de ser capaz e ser feliz!’

Amiga, considere estar numa plataforma  de embarque.  Enquanto o navio estiver ancorado e o embarque  não for anunciado, vai repaginando ideias, momentos e o nosso novo varandão  para mais uma roda de conversa entre as Amigas Super Especiais. E não esqueça de ligar o freezer com antecedência necessaria para que os pinguins da Antarctica e os de outras regiões possam participar engalanados, vestidos de suas tradicionais casacas em eventuais encontros entre amigos. Tim, tim !!!

Uma sugestão: Continue com seus hábitos de boas maneiras. Números são apenas detalhes.

Parabéns para você!   

Uma homenagem das Amigas Especiais

¹ Phlippe Ariès. História Social da Criança e da Família, 2ed.



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