Entrevista: Médico leopoldinense Sérgio Maranha, 50 anos dedicados à medicina
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Entrevista: Médico leopoldinense Sérgio Maranha, 50 anos dedicados à medicina

Entrevista: Médico leopoldinense Sérgio Maranha, 50 anos dedicados à medicina
Jornal O Vigilante Online entrevista o médico leopoldinense Sérgio Maranha.

No último mês de outubro procuramos o médico leopoldinense Sérgio Maranha para entrevistá-lo. Na ocasião, enumeramos os principais temas que estariam na pauta, dentre os quais a informação de que recentemente ele teria se aposentado após cinco décadas – completadas este ano – de relevantes serviços prestados à população local e das demais cidades onde atuou. O convite do Jornal O Vigilante Online para que participasse da sabatina foi gentilmente aceito pelo Dr. Sérgio e a partir de então sucessivos contatos foram mantidos com ele para formulação das perguntas e respectivas respostas. Importante trabalho jornalístico e registro histórico concluído na última segunda-feira, dia 13 de fevereiro, a realização desta entrevista também tem o objetivo de homenagear em vida a figura humanista de Sérgio Maranha, que dedicou sua vida – e ainda dedica – à medicina e aos seus milhares de pacientes.

Nascido em Leopoldina no dia 7 de junho de 1943, Sérgio Maranha é filho do casal João Maranha (Joanico) e Belarmina Soares Maranha (Belinha). “Meu pai foi bancário no antigo Banco Mineiro da Produção, BEMGE. Minha mãe foi professora de Matemática e Desenho no Ginásio Leopoldinense / Escola Estadual Professor Botelho Reis”, esclareceu Sérgio, casado com Luzia Célia Rodrigues Maranha.

“Minha esposa é professora aposentada de Música e diretora também aposentada do Conservatório Estadual de Música Lia Salgado. Meus filhos: Flávia, Dalton, Sérgio, Laura e Elisa, todos Médicos; minha nora Stefany e meus genros Alexandre, Rodrigo e Vinicius; Saulo, Sabrina e Júlia, filhos do meu cunhado Paulo Sérgio, os quais tenho como filhos; Viviane, esposa de Saulo, a quem considero minha nora, juntamente com seus filhos David e Sarah; minha nora Sabrina e meu genro por consideração Hebert e seus filhos Arthur e Helena, também considerados meus netos (Herbert, que é filho do casal de amigos Dr. Sebastião Furtado e Janete). Amor à Juliana, Daniel, Luiza, Giulia, Marina, Eduardo, Gabriela, Sofia, David, Sarah, Arthur e Helena, meus eternos espelhos de toda minha vida”, frisou nosso entrevistado.

Ainda sobre sua família, Sérgio Maranha fala com carinho sobre seu irmão, seu cunhado e sua sogra: “Meu irmão Flávio, falecido devido COVID, era engenheiro civil, especializado em dessalinização de água do mar. Trabalhou em Londres vários anos. Tenho outro irmão, meu cunhado Paulo Sergio*, engenheiro da Ferrovia do Aço. Minha sogra, Consuelo, com 98 anos, musicista por excelência”, acrescentou.

*Nota da Redação: Esta resposta foi dada anteriormente ao último dia 17 de janeiro, data em que faleceu o cunhado do entrevistado, Paulo Sérgio.


             


Indagado onde estudou os primeiros anos em Leopoldina, Sérgio Maranha conta que foi aluno de 1950 a 1953 no Educandário Santa Terezinha, de Dona Zizinha, Dona Ceci, Dona Nair, “onde fiz o primário, de boas lembranças”, realçou.

“Em 1954 ingressei na pré-admissão ao Ginásio, com o Professor Enock, posteriormente em 1954 Ginásio e Científico, de 1959 a 1961. Vale acrescentar que estudei o 3º ano Científico na Academia, em Juiz de Fora. Fui oficial do Exército em 1964/65/66 e Professor no Ginásio Felício Lima em Benfica, Juiz de Fora, na FEEA da 4ª Região Militar”, detalhou.

O Sr. também estudou no Conservatório Estadual de Música Lia Salgado. Qual instrumento musical, quando foi e qual foi a sua motivação? “Fui aluno da primeira turma do Conservatório de música. Lembro-me de um colega, Arsênio Capdeville Tambasco. 1966???? O motivo foi o Prof. Manoel Reco-Reco, que colocava na minha cabeça a ideia que música tinha que saber ‘ler’. Estudava acordeon com ele, mas gostava de instrumento de sopro – gaita, saxofone, flauta.”

Iniciou seus estudos em Medicina no ano de 1968, na Escola de Ciências Médicas de Volta Redonda. “Formei-me em 1973. Fiz residência em Pneumologia e Tisiologia na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, na 32ª enfermaria no serviço de Doenças do Tórax do Prof. Osmar Siqueira; fiz residência em Medicina Crítica (CTI) no Serviço do Prof. Júlio Polisuk, Santa Casa Do Rio de Janeiro”, relembrou Maranha.

Como Professor de Química, Sérgio Maranha foi dono do Curso Gama, em Volta Redonda. “Meu sócio era José Luiz Monteiro de Castro (falecido), neto de Dona Regina Monteiro de Castro, antiga professora do Colégio Leopoldinense. Tive um trabalho de química publicado no antigo Jornal dos Sports, no Rio de Janeiro.

Foi médico Clínico na Beneficência Portuguesa, médico Socorrista no PS de Volta Redonda e Barra Mansa. Trabalhou por 33 anos no CTI do Hospital São Paulo, em Muriaé, cidade onde foi agraciado com o Título de Cidadão Honorário e também recebeu a Comenda Padre Maximino Benassatti, do Hospital São Paulo.

Em outubro de 2018, Sérgio Maranha foi homenageado pela Associação Médica de Minas Gerais, em Belo Horizonte, como Médico Mineiro em Destaque, juntamente com mais 30 colegas. “Agradecido à Associação Médica de Leopoldina (AML), que me indicou para receber o título de médico destaque em Minas Gerais”, registrou.

Diretoria Regional de Saúde

Em 1997, o município de Leopoldina foi contemplado com a Diretoria Regional de Saúde (DRS), hoje Gerência Regional de Saúde (GRS), na qual seu fundador, Dr. Sérgio Maranha, foi diretor por 5 anos. Sobre este período, Maranha destaca: “Interessante observar que lá estive pelas mãos do deputado Bené Guedes, que à época era Secretário de Estado e fez meu propósito seu em fundar uma Regional de Saúde em Leopoldina, o que foi realizado. Isso é ser homem público! 5 anos de intenso trabalho!”

Primeira sede da DRS de Leopoldina, no Bairro de Fátima.
Placa inaugural da Diretoria Regional de Saúde de Leopoldina, em 1997, hoje Gerência Regional de Saúde de Leopoldina. Sua atual Diretora, Aline Costa Resende, aceitou o convite do Jornal O Vigilante Online para ser fotografada ao lado da placa inaugural da DRS de Leopoldina, que traz o nome do Dr. Sérgio Maranha como Diretor daquela DRS.

Outro marco na biografia de Sérgio Maranha foi um trabalho de campo sobre a Tuberculose Pulmonar no município de Leopoldina juntamente com as Doutoras Maria Aparecida Vargas Velasco (Assistente Social) e Eliana Maria Alonso de Carvalho Fioravante (Bioquímica especialista em Saúde Pública). “Esse trabalho me honra muito. Foi publicado e reconhecido pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia”, revelou.

No final de 1978 o médico Sérgio Maranha foi diretor da Casa de Caridade Leopoldinense (CCL) por 4 anos. “Fui diretor e também Responsável Técnico do CTI (RT) por 25 anos”, informou Maranha à Reportagem, acrescentando que foi Diretor do antigo PAM/INAMPS de Leopoldina e do Centro de Saúde.

Tem saudades de alguma época ou de pessoas que passaram pela sua vida? Sérgio Maranha respondeu: “Não, saudades não; tenho sempre a sensação que cumpri todas as etapas da minha vida com alegria e prazer. De pessoas sim, tenho saudades de pessoas honestas que me ajudaram muito.”



Do período em que atuou em Muriaé, Sergio Maranha guarda felizes lembranças do Hospital São Paulo, com as pessoas felizes de lá, dentre elas os eternos Raimundo e Evaldo. Em relação aos amigos do Hospital de Leopoldina, de “my son”, o médico relembra seu médico e amigo, uma enfermeira portentosa, uma médica que me deu uma ordem e tive que obedecer, dos funcionários anônimos em toda extensão médica, gente de um gabarito que me ajudou muito a ser feliz. Lembrança feliz do CTI daqui de Leopoldina, lugar que senti prazer em viver.”

Como o Sr. observa o Brasil atualmente, e neste contexto, qual a sua avaliação em relação à Leopoldina dos dias atuais? “Ahhh Júlio, tem tanta coisa. A Leopoldina dos dias atuais me engrandece como cidadão, a cidade está alegre, bonita. Ser executivo deve ser difícil, executivo municipal com falta de recursos e dependente de órgãos estaduais e federais não é coisa fácil. Sempre tivemos bons prefeitos, honestos, lutadores, mas Leopoldina dos dias atuais, conforme sua pergunta, Pedro Augusto é o nome.”

Estamos em 2023. O Sr. ainda atua como médico ou já se aposentou? “Acho eu que ser médico é ser médico eternamente. Atendo com alegria uns dias na Clínica 27 de Abril, somente”, concluiu o Dr. Sérgio Maranha.

Dr. Sérgio Maranha em entrevista a Júlio Cesar para a Revista Hora H, em 1987.

Confira a seleção de imagens com vários registros feitos pela família de Sérgio Maranha:

Em família, no meu pós operatório da troca de válvula cardíaca.
Eu, tia Generosa, 107 anos e vivíssima, irmã de minha mãe Dona Belinha e meu irmão Flávio (já falecidos).

O Vigilante Online


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