O Rei hoje
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O Rei hoje

<strong>O Rei hoje</strong>
Jogador conquistou 3 títulos da Copa do Mundo jogando pela seleção brasileira - Foto: Divulgação

Pelé faria sucesso no futebol atual?

Por Orlando Macedo e Raphael Dinnis

O maior jogador de futebol de toda história morreu. Lenda viva do esporte, Pelé era um jogador único, espetacular e completo. Mas ainda há críticos (?!) que insistem em dizer que os tempos eram outros e que Pelé não teria vez no futebol atual.

Antes de mais nada, vamos contextualizar esses críticos. Pelé jogou de 1955 a 1977, passando por apenas duas equipes: Santos e New York Cosmos, e tendo uma passagem espetacular pela seleção Brasileira. Durante sua carreira, o futebol passou por evoluções técnicas e táticas. Cada vez mais países aprendiam e amavam o esporte Bretão e tinham em Pelé a alma necessária para levar o esporte a seus países. O tratamento aos atletas também evoluiu, mas no início de sua carreira jogador machucado era inconcebível e o tratamento que os zagueiros davam aos atacantes eram os mais inóspitos possíveis. Dito isto, existe um futebol antes de Pelé e pós Pelé, o principal exemplo disso é sua lendária camisa 10.

E mesmo nesse cenário, Pelé fez surgir um novo futebol. Um atleta que treinava e jogava 90 minutos correndo o tempo todo era raridade. Não havia a preparação física moderna, o treino físico eram intermináveis voltas no campo, polichinelos e flexões. E mesmo assim ele treinava. No futebol de hoje, seria um atleta perfeito, como Cristiano Ronaldo. Para você ter ideia, Pep Guardiola (o melhor treinador da era atual) disse isso sobre o rei: “Se jogassem hoje (os craques antigos) esses jogadores se adaptariam ao ritmo e ao espaço facilmente, porque eram muito bons. Esse nível de jogador controla o jogo, é muito intuitivo, habilidoso, tem força mental e tudo mais. Ele podia jogar em qualquer geração”.

No aspecto tático, Pelé exercia com maestria o domínio de usa função (na época denominada ponta de lança): a ligação de meio-campo e ataque. Assim como Modric, ele vinha buscar o jogo, aramava a jogada e se lançava ao ataque para a finalização (bem verdade que a função dupla de Modric é volante e meia, com ênfase na marcação). Pelé sabia como ninguém compor a linha média para obter a vantagem numérica e se deslocar rápido entre linhas quebrando o sistema defensivo. Mesmo com a evolução das linhas de marcação, no final de sua carreira Pelé não encontrava dificuldades em transitar entre essas linhas.

Por fim, no aspecto técnico ele era imbatível: veloz, dominava e chutava com ambas as pernas, corria com a bola colada ao pé, fazia a recepção orientada (conceito moderno de futebol!). Lionel Messi seria seu par não fosse o fato do Rei ainda ter uma impulsão fantástica e um cabeceio preciso.

E em termos de liderança, de novo o exemplo Argentino: os dois mestres são extremamente generosos com seus parceiros em campo, conversando, aconselhando e liderando suas equipes.

Pelé não era Rei por título, e sim por sua natural Majestade. Jogasse ele hoje ou daqui a 100 anos, não tenho dúvidas: a reverência seria a mesma, ainda poderia ser capaz de ser melhor do que já foi com as tecnologias atuais.

Divulgação
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