Música, poesia e dança. Essa foi a proposta da oficina de “Viola de Taquara” apresentada pelo poeta indígena Dauá Puri.




O 17° Festival de Viola de Piacatuba e Gastronomia levou para a praça daquele distrito leopoldinense nesta quinta-feira, 28 de julho, o som das violas, flautas e maracás feitos com taquara de bambu, folhas de palmeira e frutos nacionais.

Dauá Puri (foto acima) com seu carisma soube transformar a literatura tradicional de seu povo em músicas, histórias, poesias e sons da melhor qualidade indígena. A musicalidade e a dança trouxeram vivências criativas para as crianças e adultos que se fizeram presentes no Workshop na Praça de Piacatuba.
Os ritos de saudações geraram momentos calorosos com a tradicional dança circular que exaltaram os elementos da natureza: ar, sol, lua, terra, água, fogo e o povo de bom coração.
Dauá tem na Zona da Mata sua ancestralidade no povo Puri, morando atualmente no Rio de Janeiro e sempre que é convidado está por aqui, pois sente-se em casa, já que as suas raízes indígenas viveram por anos na região.
Com seu talento em envolver o público que assiste seu trabalho, Dauá esteve à convite da coordenação da Educação de Jovens e Adultos (EJA), da Escola Municipal Judith Lintz Guedes Machado, na quinta-feira realizando uma grande roda de conversa com os estudantes.

Quem esteve presente pode vivenciar os momentos mágicos de sua fala, interagindo o tempo todo com o grupo e proporcionando uma sinergia cósmica de sonoridade da língua Macro-Jê.
Finalizando as atividades na noite, o indígena conheceu os dançarinos do Grupo Pérola Negra, que tem a sede na escola e estavam ensaiando. A roda de conversa com o som da viola de taquara e a batida dos tambores e dos bastões do MINEIRO PAU que era cantado na quadra da escola estabeleceram uma conexão e trocas de informações culturais de muita riqueza para ambos.
“Viva a diversidade, viva a cultura popular e salve o povo nativo e verdadeiro dono dessa terra!!!!”


Texto de Iris Meirelles e Amaury Santos.







